Tesouro Direto: Juros de Prefixados Caem com Focus e Desoneração da Folha em Pauta
Títulos Prefixados do Tesouro Direto Registram Queda de Juros com Enfoque no Boletim Focus e Desoneração da Folha em Debate
A última semana de novembro inicia com movimentações nos juros dos títulos do Tesouro Direto, refletindo a análise do boletim Focus e as considerações sobre o cenário político no Brasil. Nesta segunda-feira (27), os investidores reagem às projeções divulgadas pelo Banco Central e acompanham de perto os desenvolvimentos na esfera política, especialmente em relação à desoneração da folha de pagamento.
Boletim Focus e Cenário Político:
O Boletim Focus revelou uma redução nas estimativas para o IPCA de 2023, passando de 4,55% para 4,53%. A previsão para o próximo ano permanece em 3,91%. Quanto ao PIB, houve uma leve queda na mediana das projeções para 2022, caindo de 2,85% para 2,84%. O mercado também está atento à questão da desoneração da folha de pagamento, que recentemente foi vetada pelo presidente Lula, gerando discussões e possíveis desdobramentos no Congresso.
Desoneração da Folha:
O projeto de desoneração da folha de pagamento para 17 setores econômicos cruciais no Brasil, que foi vetado pelo presidente, permanece em foco. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, expressou seu apoio ao texto e defendeu a análise do projeto. O Congresso tem a possibilidade de derrubar o veto, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu enviar um projeto substitutivo para avaliação dos parlamentares.
Julgamento do STF e Tesouro Direto:
Em uma análise fiscal, um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os precatórios pode impactar positivamente os cofres públicos. O ministro da Fazenda busca alterar a forma como essas dívidas judiciais são calculadas, abrindo caminho para o governo quitar os precatórios através de créditos extraordinários. Essa medida busca contornar os novos limites de gastos e pode ter implicações importantes para o cenário fiscal.
Movimentações no Tesouro Direto:
Na primeira atualização do dia, os títulos prefixados apresentaram uma redução nas taxas em comparação com a última sessão. O Tesouro Prefixado 2026, por exemplo, registrou uma taxa anual de 10,23%, ante 10,31% na última sessão. As taxas dos títulos do Tesouro IPCA+ também tiveram variações, destacando-se a queda de 5,54% para 5,51% no Tesouro IPCA+ 2029.
O ambiente econômico e político continua a influenciar as movimentações no Tesouro Direto, com os investidores ajustando suas estratégias com base nas projeções e desenvolvimentos no cenário nacional. O acompanhamento atento desses elementos é crucial para compreender as dinâmicas do mercado de renda fixa e tomar decisões informadas.