O setor público brasileiro apresentou um superávit primário de R$ 14,8 bilhões em outubro, marcando um declínio em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o superávit foi de R$ 27,1 bilhões. Embora o superávit mensal tenha sido positivo, o déficit acumulado em doze meses atingiu R$ 114,2 bilhões, equivalente a 1,08% do Produto Interno Bruto (PIB). O Banco Central do Brasil destaca fatores como o superávit no Governo Central e déficits nos governos regionais e empresas estatais.
Principais Pontos
- O superávit primário do setor público consolidado foi de R$ 14,8 bilhões em outubro, comparado a R$ 27,1 bilhões no mesmo período de 2022.
- No acumulado de doze meses até outubro, o déficit atingiu R$ 114,2 bilhões, representando 1,08% do PIB, um aumento em relação ao déficit até setembro.
- O montante dos juros nominais do setor público foi de R$ 61,9 bilhões em outubro de 2023, refletindo um aumento significativo em comparação com outubro de 2022.
- A Dívida Líquida do Setor Público manteve-se estável em 60,0% do PIB em outubro, enquanto a Dívida Bruta do Governo Geral subiu para 74,7% do PIB.
Análise e Contexto
- O resultado mensal reflete um superávit no Governo Central, mas déficits nos governos regionais e empresas estatais, destacando desafios na gestão fiscal.
- A relação Dívida Líquida/PIB permaneceu estável, enquanto a Dívida Bruta/PIB subiu ligeiramente, impulsionada por fatores como juros nominais e emissões líquidas de dívida.
- O aumento do déficit acumulado em doze meses indica pressões fiscais persistentes, apesar do superávit mensal.
- Os juros nominais representaram uma parte significativa do aumento na relação dívida/PIB, evidenciando a relevância dos custos financeiros para as contas públicas.
O cenário fiscal brasileiro continua desafiador, com um superávit mensal compensado por um déficit acumulado expressivo em doze meses. A gestão eficiente dos gastos públicos e o controle dos custos financeiros permanecem essenciais para a estabilidade econômica. O aumento nos juros nominais destaca a sensibilidade da dívida pública a fatores externos e domésticos.