O vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (Fed), Michael Barr, apresentou um plano para fortalecer os grandes bancos americanos por meio da exigência de mais capital, a fim de evitar futuros estresses bancários. A proposta visa aproveitar a estrutura regulatória existente nos EUA e expandir as regras de capital para bancos com mais de US$ 100 bilhões em ativos, uma vez que a maioria das regras atualmente se aplica apenas a bancos com mais de US$ 700 bilhões.
Barr ressalta que a quebra de bancos com US$ 100 bilhões já representa um risco potencial e destaca a necessidade de abordagens mais resilientes para o setor bancário dos EUA. Entre as estratégias propostas, está a exigência de que todos os bancos com US$ 100 bilhões ou mais de capital mantenham uma carteira de dívidas de longo prazo. Isso garantiria a disponibilidade de liquidez em casos extremos, como ocorreu durante as crises de março e a pandemia.
Além disso, a proposta sugere tornar os testes de estresse bancário mais rigorosos e estabelecer um mecanismo padronizado para medir os riscos. Barr destaca a importância de aprimorar os testes de estresse ao longo do tempo, com base nas lições aprendidas com as surpresas da vida real. Essa abordagem busca melhor preparar os bancos para enfrentar desafios futuros de forma adequada.
Segundo Barr, a maioria dos bancos já possui capital suficiente para atender às novas regras propostas. Aqueles que precisam aumentar seu capital poderiam manter os dividendos aos investidores e reter lucros por dois anos, como parte de um processo de fortalecimento financeiro.
Essa proposta do Fed busca promover uma regulamentação mais sólida e um setor bancário mais resiliente nos EUA, visando mitigar riscos e prevenir crises sistêmicas que possam afetar a estabilidade financeira do país.
