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Desdobramento de Ações do Banco do Brasil (BBAS3) e seu Impacto nos Dividendos: Análises e Perspectivas

Analistas consultados pelo InfoMoney compartilham suas perspectivas, indicando que não é esperada nenhuma alteração significativa.

No último comunicado divulgado pelo Banco do Brasil (BBAS3) em 8 de dezembro, o Conselho de Administração expressou sua intenção de desdobrar as ações da empresa em 100%. Esse desdobramento visa reduzir o preço unitário das ações, tornando-as mais acessíveis a investidores pessoa física e, potencialmente, aumentando a liquidez. Uma questão que surge entre os investidores é se essa mudança impactará os dividendos do banco. Analistas consultados pelo InfoMoney compartilham suas perspectivas, indicando que não é esperada nenhuma alteração significativa.

Desdobramento e Dividendos: Uma Relação Inexistente

Especialistas enfatizam que o desdobramento, também conhecido como “split”, não afeta os fundamentos da empresa. Ricardo Schweitzer, analista independente, compara essa mudança a dividir uma pizza, onde o número de fatias não altera o tamanho total. Da mesma forma, o desdobramento não deve influenciar o volume ou pagamento dos proventos. A expectativa é de que questões como valor da empresa e política de dividendos permaneçam inalteradas.

Projeções para Dividend Yield e Atratividade aos Investidores

Analistas como Matheus Nascimento, da Levante, projetam que o Banco do Brasil mantenha níveis atrativos de dividend yield, buscando cerca de 9,5% em 2024. Ele destaca que essa rentabilidade pode ser um ponto de atração para investidores, mesmo após o desdobramento.

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Democratização do Acesso e Valorização das Ações

Geovanne Tobias, vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores do Banco do Brasil, destacou que a intenção do desdobramento é democratizar o acesso às ações, especialmente para investidores pessoa física. A operação, no entanto, ainda aguarda deliberação em Assembleia Geral dos Acionistas.

Em 2023, as ações do banco apresentaram uma valorização de mais de 50%, alcançando R$ 55. Com o desdobramento, o preço unitário cairia para R$ 27,50, tornando as ações mais acessíveis.

Mudanças nas Negociações e Volatilidade Esperada

Especialistas preveem que o desdobramento pode resultar em um aumento temporário de volatilidade, especialmente após a aprovação em Assembleia Geral. Bruno Benassi, especialista em ações da Monte Bravo Corretora, sugere que alguns investidores podem aproveitar a oportunidade para ajustar suas alocações. No entanto, esse movimento é esperado como sendo momentâneo.

Matheus Nascimento da Levante acredita que o aumento da acessibilidade das ações pode incrementar o volume de negociações, contribuindo para uma maior liquidez.

Perspectivas Favoráveis para 2024

Considerando a ausência de mudanças nos fundamentos, Angelo Belitardo, gestor da Hike Capital, vê o desdobramento como favorável para as ações em 2024. A expectativa é que o aumento na liquidez e acessibilidade possa impulsionar positivamente o mercado.

Conclusão

Diante da proposta de desdobramento das ações do Banco do Brasil, os analistas concordam que os dividendos não devem ser afetados, mantendo-se atrativos aos investidores. O mercado aguarda a deliberação em Assembleia Geral para confirmar a efetivação dessa operação e observar seu impacto nas negociações e na atratividade das ações do BBAS3.

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