No cenário contemporâneo do mercado financeiro, embora a presença feminina tenha avançado, as estatísticas apontam uma desigualdade expressiva na representatividade e ascensão das mulheres a cargos de liderança. Segundo os dados da 36ª Pesquisa Financial Services Industry, da Mercer, apesar das mulheres representarem 50% da força de trabalho no setor, apenas 2 em cada 10 executivos são do sexo feminino. Esse descompasso também é visível na disparidade salarial: as profissionais recém-contratadas ganham, em média, 3% a menos, enquanto as de alta liderança recebem salários 16% menores se comparadas aos homens.
“Barreiras na Representatividade Executiva”
De acordo com os resultados da Heidrick & Struggles, consultoria global de recrutamento, em 2022, mulheres ocupavam meros 16% dos assentos de conselhos de administração das empresas listadas na B3, com uma participação total de 31% nos cargos executivos. Em setores tradicionais como serviços financeiros e indústria, a representatividade feminina ainda é significativamente menor em comparação com indústrias de tecnologia, onde a presença feminina é mais expressiva.
As diferenças salariais e de representatividade em cargos de liderança exigem uma revisão estrutural, onde instituições, governo e mulheres atuem em conjunto para promover a igualdade de oportunidades no mercado financeiro.