Renda Fixa em 2024: Especialistas Indicam Atrativos em Meio a Queda dos Juros e Mudanças na Estratégia de Investimento
Com a Selic em Decréscimo, Títulos Pré-fixados e Emissores de Maior Risco Ganham Destaque, Enquanto Diversificação e Avaliação de Risco são Cruciais
O ano de 2024 se desenha com a continuidade da queda da taxa Selic, conforme previsto pelo Boletim Focus de dezembro de 2023. Embora juros em declínio geralmente sugiram menor atratividade na renda fixa, especialistas apontam que o cenário brasileiro ainda mantém taxas relativamente altas. Neste contexto, estratégias de investimento na renda fixa passam por ajustes, com atenção a novas oportunidades e mudanças no perfil de risco.
Cenário Atual
- O ciclo de queda da Selic, iniciado em 2023, continuará em 2024.
- A Selic, atualmente em 11,75% ao ano, deve atingir 9,25% ao ano em 2024, conforme previsões.
- Especialistas destacam que, apesar da diminuição, a taxa brasileira permanece atrativa em termos reais.
Oportunidades e Estratégias
Títulos Pós-fixados x Pré-fixados:
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- Títulos pós-fixados, como o Tesouro Selic, tendem a render menos com a queda da Selic.
- Títulos pré-fixados podem ser mais atrativos, especialmente para investidores que desejam garantir uma remuneração conhecida no momento da compra.
- Cuidado é aconselhado ao investir em títulos pré-fixados, considerando as mudanças nas taxas de juros.
Diversificação e Avaliação de Risco
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- A diversificação torna-se crucial diante do novo cenário de juros.
- Investidores podem considerar explorar setores como infraestrutura, agronegócio, saúde, óleo e gás em emissores privados.
- Avaliar teses high yield pode proporcionar oportunidades, mas o perfil de risco do investidor deve ser considerado.
Estratégias de Emissores Privados
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- Setores como infraestrutura, agronegócio, saúde e óleo e gás são destacados como promissores.
- Empresas consolidadas, como Equatorial, Eletrobras, Taesa, JBS, Raízen, Rede D’Or e Raia Drogasil, são mencionadas como opções.
- Segmentos de menor porte, mas com boa governança e balanços sólidos, como FS Bio, Lavoro, Enauta, Aegea, Hapvida, são considerados para carteiras de renda fixa em 2024.
Avaliação de Risco em Títulos Privados
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- Mesmo com proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), é aconselhável cautela ao se expor a emissores de baixa qualidade.
- Entender a consolidação do emissor, especialmente em títulos privados, é essencial para uma avaliação de risco precisa.
Em um contexto de queda de juros, a renda fixa brasileira ainda apresenta atratividade, incentivando uma adaptação nas estratégias de investimento. Com a diversificação e avaliação criteriosa de riscos, investidores podem explorar oportunidades tanto em títulos públicos quanto privados. A transição gradual para renda variável é mencionada, destacando a importância de uma abordagem equilibrada em meio às mudanças do cenário econômico.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br