Concentração Econômica: 11 Municípios Detinham Quase 25% do PIB do Brasil em 2021, Revela IBGE
São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília Entre os Maiores Geradores de Riqueza, com Queda Significativa desde 2002
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente dados que revelam que, em 2021, apenas 11 municípios concentraram aproximadamente 24,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília lideraram como os maiores geradores de riqueza. Este artigo explora a concentração econômica, as mudanças ao longo do tempo e as implicações para a distribuição regional da atividade econômica no Brasil.
Maiores Geradores de Riqueza: São Paulo à Frente com 9,2% do PIB
Os principais municípios geradores de riqueza em 2021 foram São Paulo, com uma fatia significativa de 9,2% do PIB, seguido pelo Rio de Janeiro (4%) e Brasília (3,2%). Esses centros urbanos desempenham um papel crucial na economia nacional, mas as mudanças ao longo do tempo indicam uma queda na participação relativa desses municípios.
Tendência de Desconcentração Econômica e Variação desde 2002
Ao longo das últimas décadas, a concentração econômica nos principais municípios diminuiu. Em 2002, apenas quatro municípios representavam cerca de um quarto do PIB nacional, enquanto em 2021, esse número aumentou para 11. São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte perderam participação, evidenciando uma tendência de desconcentração.
Impacto da Pandemia e Setores-chave
Os resultados do PIB dos Municípios destacam que, devido à pandemia de Covid-19, municípios com atividades de serviços presenciais foram os mais impactados em 2020. Embora tenham experimentado uma recuperação nominal em 2021, sua participação não retornou aos níveis de 2019. O setor de extração de petróleo e gás foi um dos principais impulsionadores do ganho de participação em 2021.
A concentração econômica em alguns poucos municípios brasileiros continua a ser uma característica marcante, embora tenha ocorrido uma tendência de desconcentração ao longo do tempo. A dinâmica econômica, influenciada por fatores como a pandemia e setores específicos, destaca a necessidade de estratégias regionais equilibradas para promover um crescimento mais distribuído e sustentável.
Fonte: IBGE.
