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Deflação do IGP-M impacta negativamente os dividendos de FIIs de “papel”

Fundos imobiliários com até 22% de exposição ao índice sofrem queda de até 35% nos rendimentos

A trajetória recente do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) tem desencadeado efeitos significativos no desempenho dos fundos imobiliários, especialmente aqueles voltados para recebíveis. Após um período de elevação durante a pandemia da Covid-19, o IGP-M acumula uma deflação de 4,5% nos últimos 12 meses, impactando diretamente a receita e os dividendos desses fundos. Este artigo explora a exposição dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) ao IGP-M, destacando como a queda do índice tem mordido até 35% dos dividendos de FIIs “papel”.

 Exposição ao IGP-M nos FIIs de “papel”

Embora seja pouco comum, alguns fundos imobiliários têm uma exposição significativa ao IGP-M, chegando a até 22% de suas carteiras. O IGP-M, também conhecido como a “inflação do aluguel”, é um indicador que reflete não apenas nos preços, mas também na receita dos FIIs. O comportamento recente do índice, com o acumulado de 4,5% em deflação nos últimos 12 meses, tem levado a impactos diretos nos resultados desses fundos.

IGP-M, o que é? Pra que serve, cálculos e diferenças entre IPCA

Segundo o relatório mais recente do RBR Rendimento High Grade (RBRR11), fundo cuja carteira está majoritariamente indexada à inflação, os índices IGP-M e IPCA do mês de julho seguiram a tendência de baixa dos meses anteriores, impactando negativamente o resultado do fundo. A correção monetária, que considera os índices de inflação com uma defasagem de dois meses, mostra que os efeitos negativos do IGP-M se estenderam até novembro, resultando em uma queda de cerca de 35% nos dividendos distribuídos.

Este cenário alerta para a importância da análise criteriosa da composição das carteiras dos FIIs, especialmente em períodos de volatilidade nos índices de inflação. Investidores e gestores de fundos precisam estar atentos aos riscos associados à exposição ao IGP-M.

 

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