Finanças

Como funciona o rendimento da Poupança?

Entenda o funcionamento e a rentabilidade da aplicação mais tradicional do Brasil, a poupança.

A Poupança é uma das formas mais tradicionais de investimento no Brasil, porém, é importante entender como funciona o rendimento dessa aplicação e conhecer suas particularidades.

A Poupança é uma opção de investimento de renda fixa que oferece facilidade e acessibilidade para a maioria das pessoas. É comum que seja o primeiro contato dos brasileiros com o mercado financeiro. Atualmente, cerca de 67 milhões de brasileiros possuem pelo menos R$ 100 guardados na caderneta. Mas será que ainda vale a pena investir na Poupança?

Neste guia, vamos esclarecer o funcionamento da Poupança, discutir suas características e também apresentar alternativas mais vantajosas. Acompanhe para tomar decisões mais informadas sobre o destino do seu dinheiro.

Como funciona a Poupança?

A Poupança é uma aplicação de renda fixa simples e acessível. Para ter acesso a ela, basta escolher um banco de sua preferência, apresentar os documentos necessários para abertura da conta e aguardar a aprovação.

Uma particularidade da Poupança é que sua rentabilidade é a mesma em todas as instituições financeiras. Portanto, a escolha do banco não influencia o retorno do investimento.

A seguir, detalhamos aspectos importantes sobre o funcionamento da Poupança:

  1. Taxas e custos: A Poupança é isenta de custos, ou seja, não há cobrança de tarifas de abertura, manutenção, administração ou performance. Além disso, os rendimentos da caderneta são isentos de Imposto de Renda. No entanto, é necessário incluir a Poupança na declaração anual de Imposto de Renda caso esteja obrigado a fazer o ajuste.
  2. Liquidez: A Poupança se destaca pela facilidade de resgate. Os recursos podem ser retirados a qualquer momento, sem burocracia, e são transferidos para a conta corrente imediatamente. Essa característica é conhecida como liquidez diária, permitindo o acesso rápido aos recursos investidos.
  3. Aniversário da poupança: Embora a liquidez seja diária, a rentabilização da Poupança ocorre de forma diferente. Os rendimentos são creditados mensalmente na data de “aniversário” da aplicação, que corresponde ao dia do mês em que o depósito foi feito. Assim, se o depósito foi realizado no dia 10 de um determinado mês, a remuneração será creditada no dia 10 do mês seguinte. Se o resgate for feito no dia 9, o investidor perderá todo o rendimento do período.
  4. Garantias: A Poupança conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Em caso de calote ou quebra do banco, os investidores têm a garantia de receber de volta até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira. É importante destacar que a garantia é válida para a soma de todos os recursos mantidos na Poupança e em outros investimentos na mesma instituição.

Qual é o rendimento da Poupança?

O rendimento da Poupança passou por mudanças nos últimos anos e atualmente está vinculado à taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. Anteriormente, a remuneração era de 0,5% ao mês mais a variação da Taxa Referencial (TR).

As regras atuais de remuneração são as seguintes:

  • Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da Poupança será de 0,5% ao mês mais a variação da TR.
  • Se a Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da Poupança será equivalente a 70% da Selic mais a variação da TR.

Essas regras valem para depósitos realizados a partir de 4 de maio de 2012. Para investidores que possuem Poupanças anteriores a essa data, a remuneração continua sendo de 0,5% ao mês mais a variação da TR.

É importante mencionar que a rentabilidade da Poupança tem sido afetada pela baixa variação da TR. Desde setembro de 2017, a TR tem se mantido próxima de zero, o que reduz o rendimento total da aplicação.

A inflação também desempenha um papel importante na rentabilidade da Poupança. Se os rendimentos não acompanharem o aumento dos preços, o ganho real do investidor pode ser comprometido, resultando em perda de poder de compra ao longo do tempo.

Vale a pena investir na Poupança?

A resposta para essa pergunta depende dos objetivos e necessidades de cada investidor. A Poupança é uma aplicação de baixo risco, com facilidade de acesso e garantia do FGC. É uma opção para quem busca simplicidade e liquidez imediata.

No entanto, é importante considerar que a rentabilidade da Poupança tem se mantido baixa, muitas vezes próxima ou abaixo da inflação. Isso significa que o ganho real do investidor pode ser comprometido, levando a uma perda de poder de compra ao longo do tempo.

Existem diversas alternativas de investimento de renda fixa que podem oferecer rentabilidades superiores à Poupança. CDBs, LCIs, LCAs, títulos públicos e fundos de renda fixa são algumas opções a serem consideradas, cada uma com suas características e riscos específicos.

 

Imagem: Sutthiphong Chandaeng / shutterstock.com – Edição: investidor.net

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