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China Restringe Exportação de Materiais Para Chips

Medida pode afetar produção de chips de última geração e desencadear problemas de escassez em setores-chave.

A disputa de semicondutores entre China e Estados Unidos ganhou novos desdobramentos recentemente. Em uma ação anunciada pelo ministro do comércio chinês, o país irá restringir a exportação de semimetais essenciais para a produção de chips de última geração. A lista de controle inclui seis produtos de gálio e oito produtos de germânio.

As autoridades chinesas estabeleceram que a medida passará a valer a partir de agosto. Isso levantou preocupações entre os principais importadores desses materiais, como Estados Unidos, França e Japão, que temem escassez de componentes-chave para o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial, bem como em setores como produção de baterias de carros elétricos, tecnologias militares e telecomunicação.

O presidente da Associação Global de Mineração da China, Peter Arkell, alertou que “as restrições chinesas golpeiam o comércio americano exatamente onde dói”. Ele enfatiza que a substituição dos suprimentos chineses desses metais é uma tarefa impossível no curto e médio prazo.

As tensões entre China e EUA também coincidem com a visita da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, ao país. É esperado que a questão dos semicondutores e barreiras comerciais estejam no centro da agenda das discussões.

As ações de Pequim são consideradas uma retaliação às medidas de Washington que buscam restringir o acesso da China a chips de alta tecnologia produzidos nos EUA. Especialistas alertam que a próxima etapa das medidas retaliatórias pode envolver um outro grupo de metais, as chamadas terras raras, cujo domínio de produção também é chinês. A indústria da aviação, hardware, baterias elétricas, células solares e outras áreas de alto desenvolvimento podem ser afetadas.

A guerra comercial entre os EUA e a China assumiu foco nos semicondutores, com disputas e legislações voltadas a proteger as cadeias de produção domésticas e diminuir a influência chinesa na indústria de chips. Essas ações têm se intensificado nos últimos anos e estão moldando o cenário geopolítico e econômico global. A intervenção chinesa nas exportações de gálio e germânio representa uma das principais retaliações na guerra comercial até o momento.

 

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