31/11 Análise do Mercado Financeiro: Ibovespa Encerra Outubro com Queda de 3% e Dólar em Aproximação aos R$ 5,04
"Decisões de Política Monetária Global e Resultados Empresariais: Impacto no Ibovespa e no Valor do Dólar"
O mês de outubro foi marcado por movimentações significativas nos mercados financeiros, com o Ibovespa encerrando o período com um recuo de quase 3%, enquanto o dólar teve uma queda em seu fechamento, cotado a R$ 5,04. Neste artigo, exploraremos os principais eventos e fatores que influenciaram esses movimentos, desde o desempenho das ações na Bolsa de Valores até as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
Ibovespa: Queda de 2,92% no Acumulado de Outubro
No acumulado do mês de outubro, o Ibovespa registrou uma queda de 2,92%. No entanto, na última sessão do mês, o índice fechou em alta de 0,54%, atingindo 113.143,67 pontos. Isso representou uma reviravolta após duas sessões em queda. Destacam-se os desempenhos positivos das ações da Ambev, com um ganho de 4,05%, e da Vale, que registrou um aumento de 1,2%. Esses resultados foram impulsionados pelas divulgações dos balanços trimestrais dessas empresas.
Os investidores operaram em compasso de espera durante o mês, aguardando as decisões de políticas de juros em nível global. Além disso, eles estiveram atentos aos dados de emprego e acompanharam de perto o cenário fiscal do Brasil, bem como a temporada de resultados do terceiro trimestre das empresas.
Dólar Fecha em Queda, Mas Acumula Valorização no Mês
O dólar encerrou o último dia de outubro com um leve recuo de 0,15%, sendo cotado a R$ 5,0405. No entanto, no acumulado do mês, a moeda norte-americana acumulou uma valorização de 0,26%.
Política Monetária em Destaque
No cenário internacional, as atenções estiveram voltadas para as decisões de política monetária que seriam anunciadas pelo Banco Central do Brasil e pelo Federal Reserve dos Estados Unidos.
Os “mercados globais estão operando com viés predominantemente positivo”, como mencionou a Guide Investimentos em seu relatório aos clientes. Isso ocorreu na véspera de mais uma decisão do Fomc, o Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA. As expectativas indicavam que o Banco Central Europeu (BCE) não elevaria mais sua taxa de juros, principalmente devido à desaceleração da inflação e do crescimento na zona do euro.
Por outro lado, o mercado também se preocupou com dados fracos da atividade fabril na China e com temores relacionados à escalada das tensões no mundo árabe.
No entanto, o destaque da semana foi o encontro de dois dias do Federal Reserve, onde o banco central dos EUA provavelmente optaria por manter os custos dos empréstimos inalterados. Como apontou o departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco em seu relatório, a atenção estaria voltada para a sinalização dos próximos passos da autoridade monetária dos EUA.
Em geral, quanto mais rígido for o banco central dos Estados Unidos na condução da política monetária, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) provavelmente optará por cortar os juros básicos em meio ponto percentual, para 12,25%, mantendo um ritmo cauteloso de afrouxamento monetário diante do agravamento dos riscos externos, de acordo com economistas consultados pela Reuters.